sua memória, há muito o deixou,
nem donde veio se consegue já lembrar.
Somente se recorda que um dia da terra brotou
e que ao mar, ainda espera vir a chegar...
Segue a estrada que há muito talhou,
cortando vales, cidades e campos.
Sem nunca para trás olhar
ele não consegue parar de pensar:"depressa! tenho que me despachar!
Se a tempo ao mar eu quero chegar,
não há um minuto a perder,
por isso mais rápido vou ter de correr,
e rezar, para a meio do caminho não me vir a cansar!"
E assim por mim um dia passou,
este apressado rio prestes a desaguar.
Nem "bom dia" ao passar ele sussurrou,
mas eu "boa viagem" lhe continuo sempre a desejar.
Pisa, 2010
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