quinta-feira, março 25, 2010

Através do "Arno"

Nascido na Cordilheira dos Apeninos, este rio atravessa toda a região da Toscana, passando por cidades como Florença e Pisa. Quanto a mim, todos os dias o vejo "correr".


Corre...corre...corre sem parar...

sua memória, há muito o deixou,
nem donde veio se consegue já lembrar.
Somente se recorda que um dia da terra brotou
e que ao mar, ainda espera vir a chegar...

Segue a estrada que há muito talhou,
cortando vales, cidades e campos.

Sem nunca para trás olhar
ele não consegue parar de pensar:"depressa! tenho que me despachar!
Se a tempo ao mar eu quero chegar,
não há um minuto a perder,
por isso mais rápido vou ter de correr,
e rezar, para a meio do caminho não me vir a cansar!"

E assim por mim um dia passou,
este apressado rio prestes a desaguar.
Nem "bom dia" ao passar ele sussurrou,
mas eu "boa viagem" lhe continuo sempre a desejar.

Pisa, 2010

domingo, março 21, 2010

Dia Mundial da Poesia

E como hoje, 21 de Março, se comemora o Dia Mundial da Poesia aqui vos deixo o grande e eterno Fernando Pessoa, num dos seus pequenos "pensamentos" que para sempre perdurará na nossa memória.

"Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
"

segunda-feira, março 08, 2010

O Aparecimento do Pensamento Político

Por vezes poderemos ser tentados a pensar que isto da política é coisa recente, da dita "era moderna", mas acreditem, surgiu muito antes de tudo aquilo que possam imaginar, ainda o fogo era uma "escaldante" novidade e a roda não passava de um mero protótipo quando nasceu (tal como António Variações, antes de tempo, e muito antes de ser devidamente compreendido) o dito "pensamento político".
Aqui vos deixo o possível antepassado (quem sabe!?) do Sócrates, Berlusconi, Obama etc.

sexta-feira, março 05, 2010

Varg Vikernes, Burzum e a sua "Magia" [Parte 1]


Kristian Larssøn Vikernes (também conhecido pelo pseudónimo Count Grishnackh) é um musico de Black Metal Norueguês, que em Agosto de 1993 assassinou Øystein Aarseth, mais conhecido por Euronymous, na altura companheiro de banda em Mayhem. No julgamento Vikernes foi ainda acusado de estar envolvido em 4 incêndio de igrejas na Noruega, tendo sido declarado culpado por 3 dos casos.

Desde cedo que Vikernes se fez notar no plano musical da Noruega. Em 1988 fundou a sua primeira banda, Kalashnikov, devendo-se o nome desta à sua paixão por jogos RPG, onde equipava sempre o seu personagem com uma AK-74. Mais tarde acabou por alterar o nome da banda para Uruk-Hai devido às influências de jogos como Dungeons And Dragons, Middle-Earth Role-Playing e claro, os livros de Tolkien.

Em 1989 Vikernes conheceu os Old Funeral, onde tocou durante 2 anos, deixando para trás todo o projecto de Uruk-Hai. Como o próprio afirma, na altura em que começou a tocar em Old Funeral, a banda passou de um muito bom Techno-Thrash para um aborrecido Death Metal, sendo esta a razão pela qual acabou por deixar a banda.

Em 1991 surgiu Burzum (palavra que significa “escuridão” no Dialecto Negro, retirada dos livros de Tolkien). Segundo Vikernes, a ideia que tinha com Burzum era, não apenas criar musica original e mais pessoal, mas também criar algo de novo, uma “escuridão” neste tão iluminado, seguro e aborrecido mundo.

Em 1992 entrou como baixista para Mayhem, mas continuando sempre com Burzum em primeiro plano.

Como o próprio Varg Vikernes afirma, nunca fez musica com a intenção de ficar rico ou famoso, a sua motivação, e essencialmente no projecto Burzum, era o desejo de experimentar “a magia”, e tentar criar uma realidade alternativa através do uso “da magia”. Esta magia e ambiente mágico que Varg usa para descrever este projecto começou bem cedo, com a adopção de um pseudónimo, Count Grishnackh, pois como o próprio afirma ”Se as pessoas soubessem que Burzum era apenas a banda de um adolescente, isso iria por certo estragar a magia”.”A minha intenção não era ser conhecido, mas sim dar a conhecer Burzum... E quando uma vez um jornal usou o meu nome real, Kristian Vikernes, em vez do pseudónimo, eu fiquei horrorizado, e foi isto que realmente alterou toda a escala e me fez ir de vez mudar o meu nome legalmente. De maneira alguma eu iria deixar a magia de Burzum ser destruída por uma coisa deste tipo”.

O que o inspirava a fazer musica também é algo um pouco estranho. Na sua adolescência, ele e os seus amigos de RPG pegavam nalgumas espadas, lanças e “mocas” de madeira e iam para a floresta lutar uns com os outros. Inicialmente Vikernes começou estas lutas com os amigos de RPG, mas quando conheceu Old Funeral (e mais tarde também Immortal) também estes começaram a ir para a floresta “brincar” às guerras medievais (quando Varg foi preso por matar Euronymous estas lutas foram descritas pela imprensa como “nocturnal Satanic rituals”). “O ambiente da floresta, o ambiente da noite, o ambiente do antigo e sagrado local, a dor dos ferimentos, o sabor das agulhas dos pinheiros, do chão e do sangue, e o cheiro a madeira queimada... Essa era a minha inspiração”.

Toda esta magia por si criada em redor do projecto Burzum, era apenas necessária por este não estar satisfeito com o mundo real. Como Varg afirma “não havia aventura, nem medo ou Trolls, Dragões ou Zombies. Não havia magia. Então entendi que precisava ser eu próprio a criar esta magia”.

“Fiquei bastante triste por ver que toda esta magia havia sido destruída ou pelo menos reduzida em 1993, quando a imprensa começou a escrever sobre ela, e montes de bandas country, rock e Death Metal da Noruega, de um momento para o outro, começaram a pintar o cabelo de preto, a pintar o corpo e a tocar Black Metal... Para serem famosos, ganhar dinheiro e arranjar raparigas, e não para mudar o mundo... Eles não pareciam pensar sequer na magia...”.

Ao criar Burzum, a esperança de Varg era que este projecto pudesse inspirar as pessoas a desejar uma nova e melhor realidade neste mundo.

quarta-feira, março 03, 2010

Reflexões Cósmicas!

Para quem me conhece, e conhece quem eu conheço, facilmente perceberá em quem me inspirei para dar título a esta rubrica (sim é esse mesmo que estão a pensar!), para quem não conhece, é alguém para quem tudo na vida é "cósmico"...

Vou iniciar esta rubrica com um profundo pensamento, de Woody Allen, que nos apresenta duas opções (ambas muito válidas) para um futuro próximo da humanidade... Vamos mesmo esperar possuir a sabedoria de saber escolher![risos]

"Mais do que em qualquer outra época, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva ao desespero absoluto. O outro, à total extinção. Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de saber escolher."
Woody Allen

segunda-feira, março 01, 2010

MEMORIAL Woody Allen

Allan Stewart Konigsberg (nascido a 1 de Dezembro de 1935), mais conhecido por Woody Allen, é talvez o mais famoso (e provavelmente único) realizador, actor, argumentista, escritor e musico Americano.
Desde muito jovem que se começou a envolver no mundo do entretenimento, sendo que aos 15 anos (já com o pseudónimo de Woody Allen) escrevia para jornais e programas de rádio. Estreou-se no cinema, como argumentista e actor, com o filme What's new pussycat?, tendo-se estreado como directos em 1969 com o filme Take the money and run, e desde ai até hoje foram mais de 30 filmes, estando entre eles Bullets over Broadway, Mighty Aphrodite, Hollywood ending, Match Point, Scoop, e mais recentemente o grande Vicky Cristina Barcelona.

Quanto à sua vida amorosa, sempre deu muito que falar... Antes da fama, Allen já havia tido dois casamentos, e por consequência, dois divórcios. Depois da fama, namorou com várias famosas actrizes, que ficaram sempre com os papeis principais nos seus filmes, até se estabelecer com Mia Farrow. Com a actriz ficou casado até 97, quando iniciou o polémico relacionamento com Soon Yi, filha adoptiva de Mia, com quem está casado até ao momento.

Após uma pequena descrição da vida de Allen, aqui vos deixo um pequeno texto seu.

"Separei-me da minha esposa porque ela era terrivelmente infantil. Uma vez, eu estava a tomar banho na banheira, e ela afundou todos os meus barquinhos sem nenhum motivo aparente".